BECA
Primeira turma de Tecnologia em Design de Modada AD1 faz desfile de formatura no Brasil 21
Publicado em 28.03.2009
Por Maria Eugênia Caminha, da equipe Finíssimo
Na última quarta-feira, a turma da faculdade Itec AD1/Fametec estava inquieta.
O Finíssimo conversou com cada formando para saber um pouco mais de suas peças. Confira:
: : Paula Sampaio de CastroTema: Jogos de RPG
A aluna é jogadora da versão online de RPG e, desde pequena, é fascinada por mangás (os famosos quadrinhos japoneses). Para a coleção, Paula resolveu se inspirar no “cosplay”, a arte de se vestir como personagens de quadrinhos. A brincadeira é muito popular entre os admiradores de mangá, que costumam se reunir especialmente para exibir suas fantasias.
As cores primárias – amarelo, azul, verde e vermelho – predominaram. Capas de super-heróis também se fizeram presentes nos looks.
: : Cristina Cardoso VazTema: Gueixas
A aluna, fã do filme “Memórias de Uma Gueixa”, caracterizou suas modelos com uma maquiagem típica japonesa. As roupas, extremamente conceituais, abusaram de armações e arames.
O volume foi um aspecto bastante valorizado. Vermelho, cinza e preto foram as cores predominantes na coleção.
: : Luciano Theodoro Tema: Hipismo
Segundo o futuro estilista, o objetivo não foi criar roupas que se parecem com os uniformes de hipismo. “Apenas me inspirei na modelagem e no conforto das peças”, disse Luciano. Para ele, o styling é a peça-chave de sua coleção.
No início do desfile, um modelo caracterizado de anjo entrou sem o look na passarela, para ser vestido somente lá. “Quero que as pessoas vejam como vesti meus modelos”, explica Luciano.
As peças, feitas principalmente em malha e moletom, muitas vezes, viam com um capus.
: : Palmira Dias Tema: Rebeldia dos anos 60
A aluna propôs peças bem Rock'n Roll, com meias arrastão e muito xadrez. “Essa estampa atualmente é tendência nas passarelas de inverno, mas não a usei por isso. O xadrez foi muito presente nos anos 60”, comentou. Os cabelos das modelos, sem dúvida os mais radicais da noite, foram armados com muito laquê e inspirados em penteados do movimento punk.
Palmira quis trabalhar os anos 60 pela mudança que a década representou para a moda. “Foi uma verdadeira revolução”, ressaltou Palmira. Ela comemora que, nessa época, os jovens tenham ganhado mais liberdade e ousado em suas roupas.
: : Andréia Mota Tema: Forró sofisticado
A aluna, que adora um forró eletrônico, acha que há um preconceito com o estilo musical. “Quis mostrar o que há de melhor no forró, quis sofisticar essa cultura que para muitos não tem valor”, disse.
Andréia fez uma coleção inteira com vestidos de noiva, que para ela são o que há quando o tema é sofisticação. Os instrumentos mais populares do Forró apareceram nas peças sob a forma de drapeados (sanfona), balonês (zabumba), decotes e recortes (triângulo). Vermelho e branco predominaram.
: : Danielly Almeida Tema: Foi Sem Querer Querendo
Nina, que desenvolveu toda a sua coleção no segmento “sleep wear” (roupas para dormir), se inspirou no grafite de rua. Para ela, a rotina e as cores frias do concreto fazem do dia um pesadelo. Já a noite representa o sonho, porque é possível fugir da realidade dormindo ou indo para balada.
Marcaram presença na coleção: moletons flanelados, zíperes gigantes, botões de pressão, sapatos de tecido - super confortáveis. A coleção foi desenvolvida com base em duas estampas abstratas. Detalhe: uma delas só podia ser vista sob a luz negra! “Utilizei uma tinta especial chamada Dark Shine”, disse ela. Nina ainda produziu alguns ursinhos no estilo toy art, que foram exibidos pelos modelos no desfile.
: : Laysa RosaTema: “Pele de Asno”, filme de 1970 dirigido por Jacques Demy
Primeira turma de Tecnologia em Design de Modada AD1 faz desfile de formatura no Brasil 21
Publicado em 28.03.2009
Por Maria Eugênia Caminha, da equipe Finíssimo
Na última quarta-feira, a turma da faculdade Itec AD1/Fametec estava inquieta.O motivo? Às 18h30, os primeiros alunos do curso de Tecnologia em Design de Moda estariam na reta final de sua longa jornada.
Os estilistas, como conclusão de curso, desenvolveram monografia que também serviu de inspiração para uma coleção. “Cada coleção possui uma média de 11 looks, que serão julgados na passarela por uma banca avaliadora”, disse a professora e coordenadora do curso Ana Luiza Olivete. Além de Ana, a banca era formada pelos professores Valter Lourenço, Gamaliel Carneiro e Keline Coelho.
Os desfiles foram divididos em duas salas do Centro de Eventos e Convenções Brasil 21 e eram abertos ao público. Os temas, totalmente distintos um do outro, variaram de Jogos de RPG, Forró, até uma homenagem ao seriado Chaves.
Os modelos, da agência Glam Model, eram em sua maioria novas caras. “Trouxemos os new faces para que eles peguem experiência, para verem como funciona”, disse Vanessa Lippelt, proprietária da Glam. “Nós mantemos uma parceria bacana com a AD1. O projeto 'Modelo de Solidariedade', que na verdade é um curso de modelo gratuito para quem não pode pagar, é realizado nas salas da faculdade”, comentou.
Os modelos, da agência Glam Model, eram em sua maioria novas caras. “Trouxemos os new faces para que eles peguem experiência, para verem como funciona”, disse Vanessa Lippelt, proprietária da Glam. “Nós mantemos uma parceria bacana com a AD1. O projeto 'Modelo de Solidariedade', que na verdade é um curso de modelo gratuito para quem não pode pagar, é realizado nas salas da faculdade”, comentou.
O Finíssimo conversou com cada formando para saber um pouco mais de suas peças. Confira:: : Paula Sampaio de CastroTema: Jogos de RPG
A aluna é jogadora da versão online de RPG e, desde pequena, é fascinada por mangás (os famosos quadrinhos japoneses). Para a coleção, Paula resolveu se inspirar no “cosplay”, a arte de se vestir como personagens de quadrinhos. A brincadeira é muito popular entre os admiradores de mangá, que costumam se reunir especialmente para exibir suas fantasias.
As cores primárias – amarelo, azul, verde e vermelho – predominaram. Capas de super-heróis também se fizeram presentes nos looks.
: : Cristina Cardoso VazTema: Gueixas
A aluna, fã do filme “Memórias de Uma Gueixa”, caracterizou suas modelos com uma maquiagem típica japonesa. As roupas, extremamente conceituais, abusaram de armações e arames.O volume foi um aspecto bastante valorizado. Vermelho, cinza e preto foram as cores predominantes na coleção.
: : Luciano Theodoro Tema: Hipismo
Segundo o futuro estilista, o objetivo não foi criar roupas que se parecem com os uniformes de hipismo. “Apenas me inspirei na modelagem e no conforto das peças”, disse Luciano. Para ele, o styling é a peça-chave de sua coleção.No início do desfile, um modelo caracterizado de anjo entrou sem o look na passarela, para ser vestido somente lá. “Quero que as pessoas vejam como vesti meus modelos”, explica Luciano.
As peças, feitas principalmente em malha e moletom, muitas vezes, viam com um capus.
: : Palmira Dias Tema: Rebeldia dos anos 60
A aluna propôs peças bem Rock'n Roll, com meias arrastão e muito xadrez. “Essa estampa atualmente é tendência nas passarelas de inverno, mas não a usei por isso. O xadrez foi muito presente nos anos 60”, comentou. Os cabelos das modelos, sem dúvida os mais radicais da noite, foram armados com muito laquê e inspirados em penteados do movimento punk.Palmira quis trabalhar os anos 60 pela mudança que a década representou para a moda. “Foi uma verdadeira revolução”, ressaltou Palmira. Ela comemora que, nessa época, os jovens tenham ganhado mais liberdade e ousado em suas roupas.
: : Andréia Mota Tema: Forró sofisticado
A aluna, que adora um forró eletrônico, acha que há um preconceito com o estilo musical. “Quis mostrar o que há de melhor no forró, quis sofisticar essa cultura que para muitos não tem valor”, disse.Andréia fez uma coleção inteira com vestidos de noiva, que para ela são o que há quando o tema é sofisticação. Os instrumentos mais populares do Forró apareceram nas peças sob a forma de drapeados (sanfona), balonês (zabumba), decotes e recortes (triângulo). Vermelho e branco predominaram.
: : Danielly Almeida Tema: Foi Sem Querer Querendo
Se inspirar no famoso seria infantil “Chaves” foi um retorno à infância para Danielly: os sonhos de criança, os brinquedos preferidos... “O engraçado é que são adultos que se passam por crianças”, ressalta.
Vermelho e verde, usados no figurino da personagem Chiquinha, foram destaque na passarela.
: : Nina Monteiro Tema: Sonho/Pesadelo/Realidade
Vermelho e verde, usados no figurino da personagem Chiquinha, foram destaque na passarela.
: : Nina Monteiro Tema: Sonho/Pesadelo/Realidade
Nina, que desenvolveu toda a sua coleção no segmento “sleep wear” (roupas para dormir), se inspirou no grafite de rua. Para ela, a rotina e as cores frias do concreto fazem do dia um pesadelo. Já a noite representa o sonho, porque é possível fugir da realidade dormindo ou indo para balada.Marcaram presença na coleção: moletons flanelados, zíperes gigantes, botões de pressão, sapatos de tecido - super confortáveis. A coleção foi desenvolvida com base em duas estampas abstratas. Detalhe: uma delas só podia ser vista sob a luz negra! “Utilizei uma tinta especial chamada Dark Shine”, disse ela. Nina ainda produziu alguns ursinhos no estilo toy art, que foram exibidos pelos modelos no desfile.
: : Laysa RosaTema: “Pele de Asno”, filme de 1970 dirigido por Jacques Demy
A aluna disse que sua inspiração surgiu com a leitura de uma matéria sobre o filme.”Pele de Asno”, filme de 1970 dirigido por Jacques Demy. “Fiquei curiosa e acabei assistindo. A obra é bem diferente e até impopular” disse Laysa.
O que mais chamou sua atenção foi o figurino do filme. Em determinado trecho, uma das personagens faz pedidos impossíveis: vestidos da cor do tempo, da Lua e do Sol. “Há influências barrocas, vitorianas e góticas. Posso dizer que as peças são bem meigas e fofas, feitas para adolescentes”. Detalhe: Laysa desenvolveu as peças para meninas mais cheinhas, com manequins entre 42 e 50.
O que mais chamou sua atenção foi o figurino do filme. Em determinado trecho, uma das personagens faz pedidos impossíveis: vestidos da cor do tempo, da Lua e do Sol. “Há influências barrocas, vitorianas e góticas. Posso dizer que as peças são bem meigas e fofas, feitas para adolescentes”. Detalhe: Laysa desenvolveu as peças para meninas mais cheinhas, com manequins entre 42 e 50.
